sexta-feira, 4 de maio de 2007

Este não é o "bailinho da Madeira"

Ainda a confirmar que as afirmações insinuosas, ofensivas e atentadoras à integridade do Estado (a gravidade está na origem de onde vêm), merecem toda a atenção mediática (fora do âmbito eleitoral, claro está), vem mais esta de um dos meus 'publicistas' preferidos de hoje, mesmo que nem sempre esteja do lado das suas opiniões. Mas isso é ... secundário! Ou, se preferirmos, democraticamente primário!

"Lavar as mãos

Quando anunciou as eleições na Madeira, o presidente da República alertou Jardim que o Governo Regional ficava "limitado à prática de actos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos da região", apelando (porque já sabia o que a casa gasta) a que a campanha decorresse com "serenidade e elevação". Jardim, como seria de esperar, ignorou tudo isso. "Actos estritamente necessários"? Está bem abelha Jardim faz inaugurações e re-inaugurações à média de duas por dia, usa sem pejo meios do Governo na campanha, fala (na verdade grita) nos comícios como governante e no governo como candidato, e tudo o mais de que os jornais têm dado amplamente conta. "Serenidade e elevação"? Jardim responde com a "elevação" habitual: agressões, ameaças, arruaças e insultos a tudo e todos (o mínimo que os adversários são é "traidores", "fascistas", "pides", "Hitler", "bandalhos", "bandidos"). A situação chegou a tal ponto que a Oposição pediu a intervenção do presidente. E o que fez Cavaco? Lavou as mãos. A Democracia (pois é a Democracia que está em causa na Madeira) que se amanhe e vá ter com os "órgãos competentes". Cavaco devia saber, da memória que ficou de um certo governador da Judeia, que não basta lavar as mãos para as ter limpas."

Retirado da "Última" do JN de Hoje

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