terça-feira, 29 de agosto de 2006
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Dos Choques Tecnológicos
Choques, contra-choques, pára-choques, petrolíferos, de ideias, de cabeças, eléctricos, tecnológicos ... disto anda o Mundo cheio!
"O choque tecnológico no Portugal profundo
Instalada a incapacidade e o pânico, decidi tomar outras medidas drásticas e procurar, no caso vertente em Miranda do Corvo, um pólo cibernauta, um qualquer ciber café que, para espanto meu existia, mas que em Agosto se encontrava fechado para férias! Afinal até o plano tecnológico tem direito a época estival. Já no limite do meu tempo, e quase à beira de um ataque de nervos, munida de pen e de disquete, e de tudo aquilo que fosse compatível com o mais jurássico dos equipamentos, dirigi-me à Câmara Municipal onde não só havia Internet como o atendimento foi surpreendentemente profissional, tendo-me sido indicada a biblioteca municipal onde o serviço disponibilizado, para além de gratuito, foi digno de um qualquer organismo de paradigma finlandês.
Uma semana mais tarde voltou-me a acontecer algo semelhante em Mourão, onde a cena se repetiu. Munida da experiência adquirida dirigi-me ao Cibercafé que, desta feita, estava com os servidores em baixo. De novo foram os computadores da Câmara a salvar a situação, igualmente com enorme mérito do funcionário respectivo que, com uma eficiência, gentileza e profissionalismo impares, provia às necessidades informáticas do burgo.
Chegada à capital em terreno informático firme, precipitei-me com curiosidade ávida na pesquisa do Plano Tecnológico em cujo website se pode ler que o Plano Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego 2005-2008 é a resposta portuguesa aos desafios propostos pela Estratégia de Lisboa relançada, com destaque para os objectivos de aposta na sociedade do conhecimento, o aumento dos níveis de competência, o desenvolvimento científico e tecnológico e um processo de aprendizagem ao longo da vida.
É sem dúvida um plano estratégico, e talvez a espinha dorsal do nosso desenvolvimento, que conta com um montante global de fundos comunitários de 22,5 mil milhões de euros, dos quais cerca de 75% se destinam à modernização do tecido económico e empresarial, bem como da qualificação e da reconversão profissional.
Contudo, como parece que já está a acontecer, e falo desta experiência marcante, o exemplo tem que vir do próprio Estado, seja ele Administração Central ou local, até para que os Jacintos doutras paragens se sintam tão confortavelmente como em Tormes, numa simplicidade bucólica, mas com o essencial das comodidades actuais que passam pelas indispensáveis tecnologias de informação e que são parte integrante da sociedade do conhecimento que se almeja mesmo para os sítios mais recônditos deste nosso Portugal."
Rubricas: O Refúgio dos Profetas (a voz do contra-situacionismo)
Publicada por Zé Rodrigo às 2:47:00 da manhã
sexta-feira, 18 de agosto de 2006
"Bancos de Agosto"
"Até um dia destes, se Deus quiser"! Assim me despedi dos que há anos não via, nos corredores da minha Escola que é o ISCSP.
Sérgio Figueiredo
sf@mediafin.pt
Esta coluna não deverá ser hoje lida pela metade do país que descansa em férias. E mesmo a outra metade, aquela que aproveita o lento ritmo de Agosto para trabalhar sem grandes sobressaltos, merece um prévio pedido de desculpas.
Rubricas: O Refúgio dos Profetas (a voz do contra-situacionismo)
Publicada por Zé Rodrigo às 2:49:00 da manhã
terça-feira, 15 de agosto de 2006
"Harakiri global"
E por que é que a Economia Política, que não trata necessariamente, apenas, de questões de política económica, é uma ciência por muitos amaldiçoada!
sf@mediafin.pt
Estavamos entretidos com as crises caseiras, a política e a económica, que nem demos por isso: mas a economia do mundo vive há quatro anos de ventos favoráveis.
Não bastava o petróleo a caminho dos 100 dólares? A consequente pressão sobre os preços? E o necessário aperto da política monetária, desencadeado pelos principais bancos centrais? Como é possível desfazer anos e anos de negociações e, num ápice, implodir o sistema de comércio internacional mais livre?
Rubricas: O Refúgio dos Profetas (a voz do contra-situacionismo)
Publicada por Zé Rodrigo às 2:55:00 da manhã
sábado, 12 de agosto de 2006
"Democracia com sexo"
Democracia com sexo
Falamos da Lei da Paridade, uma iniciativa do partido da rosa (que outro poderia ser!..), que impõe a inclusão de um terço de mulheres nas listas às eleições e ontem foi finalmente promulgada pelo Presidente da República.
O PS reagiu: na reforma do sistema político, será esta a medida mais emblemática da legislatura. Todos os outros, à excepção do BE, são contra, com argumentos do género «não respeita a liberdade de funcionamento dos partidos» e uma série de tretas que, como outras, explicam porque os partidos têm, de facto, cada vez menos mulheres na militância. Mulheres e homens.
Ou seja, em traços muito gerais e a partir de agora, para um partido político concorrer a eleições autárquicas, legislativas e europeias, tem de assegurar que, entre cada três candidatos eleitos, um será obrigatoriamente mulher. Caso contrário, sofre um corte nas subvenções do Estado.
É fácil atacar esta Lei pela razão mais óbvia: a discriminação. Mas é realmente o maior vício deste raciocínio, o pecado original desta iniciativa do PS, que é partir do princípio que a discriminação existe.
O raciocínio está viciado porque está por provar que os partidos excluem deliberadamente as mulheres quando formam listas eleitorais. É inegável que o nosso Parlamento tem poucas deputadas. E, também, que os partidos têm poucas mulheres nas suas fileiras.
Até seria admissível, porque mais coerente, que a legislação fixasse uma quota de mulheres eleitas em função da representatividade das mulheres dentro de cada força partidária. Coerente, mas pouco exequível. Assim fica artificial.
Artificial porque o que a Lei da Paridade faz, com o alto patrocínio do Presidente, é ignorar que a Assembleia da República reflecte a vida dos partidos e que estes reflectem a realidade do país.
Partir do princípio que a discriminação nas listas existe é o pior dos vícios do raciocínio que levou a Assembleia da República a aprovar esta Lei, mas não é o único. O segundo é pensar que se resolve uma discriminação por decreto. O terceiro, mais paradoxal, é estar a criar uma Lei que é, ela própria, discriminatória.
Se existe uma exclusão objectiva das mulheres da vida política activa é porque existem fortes razões económicas, culturais e sociológicas para tal acontecer. A Lei do PS não é uma medida oca-sional, é aliás reincidente, porque a maioria parlamentar, então adversa, lhe chumbou iniciativa idêntica há praticamente seis anos. É, assim, uma convicção socialista: identificar o problema, manter as causas, atacar as consequências.
É o paradoxo que tem sido mais debatido: criar quotas por sexos no Parlamento discrimina as mulheres e também os homens. Consagra, na lei, a ideia perversa do «sexo oposto». E abre precedentes. E as minorias étnicas? E os deficientes? E quem representa os pobres? E os desempregados? Enfim...
E por que desejamos que a História se encarregue de provar que o equívoco, afinal, está neste texto? Porque a «ditadura masculina» na política já foi derrubada noutros países por imposição legal. Nos países nórdicos, lembram os apologistas. Nos países ex-comunistas de Leste, devemos também recordar. Para distinguir entre aqueles que valorizam a mulher na sociedade e os outros que a promoviam artificialmente a cargos políticos. E nós, infelizmente, não somos suecos."
Rubricas: O Refúgio dos Profetas (a voz do contra-situacionismo)
Publicada por Zé Rodrigo às 2:52:00 da manhã
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
My God ... Que Férias?
My God
People what have you done