"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!"
Sem fetichismos! Nem ironia, hipócrita ou não! Apenas um acumular de reminiscências que a comemoração desta data me traz, numa altura em que se viviam vidas com as emoções em perfeita comunhão com a inteligibilidade das sensações. Ou seja, desejava-se viver segundo aquilo em que se acreditava, como eu sou daqueles que ainda acredita, que o amor é o domínio da perfeita harmonia da razão com o coração!
Sem rancores pelo reiterado gande desgosto que a evolução sem visíveis progressos sociais tem causado a muitos dos jovens de então que, como eu, também sofreram na vida com o combate que travaram por uma sociedade mais justa e fraterna, este ano não escolho trecho do José Afonso (de quem viriam certamente uns quantos muito bons) ou de outro Zeca de qualquer esquerditice ciumeira (pois há-os muitos por aí para quem José Afonso é o ícone dos pobres e injustiçados, e de mais ninguém, em regime de propriedade privada da esquerda e não como expoente da cultura popular portuguesa do século XX).
Não. Há muito que não vou por aí, apesar de compreender que, cada vez mais, as razões de muitos os leve a permanecer em tão nebulosa pasmaceira melancólico-cerebral, com as ideias em aparente estado de catatonia. Prefiro a manifestação artística da música que me evoque a natural paixão e o desejo de me entregar a algo intemporal, existencialmente conducente à contemplação do que a razão humana tem assimilado como o mais sublime da Criação: o ser humano!
Esperando que este 33º aniversário não signifique, portanto, a idade em que, de vez, se liquidem as aspirações ao verdadeiro progresso sócio-humano do povo português (que Cristo não sirva para esse fetichismo), deixo no ar o estímulo que, em muitos da minha geração, este trecho musical constituiu na busca da felicidade:
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