Em qualquer lado, sempre no céu!
Encontro-me, com alguma frequência, naqueles momentos de ensimesmamento, a meditar (ingenuamente) com alguma incredulidade, na sacralidade de uma ideia, facto ou lugar. Isso acontece comigo, ou com qualquer um outro ser humano, nesta maneira de o ser à portuguesa, neste asceptismo lusitano que outros, noutros tempos e por outras razões, também assim adjectivaram (falando, por exemplo, do carácter nacional português ou do lusotropicalismo)! Porque sempre me senti a viver num céu!
Desde criança, naquele pequeno jardim paradisíaco que era a minha Vimaranis, que interiorizei a noção de tempo cósmico, de céu terreno que os horizontes da catequese vivida no dia-a-dia conseguiam transpôr para os espíritos mais abertos a esta inteligibilidade emocional! Sem tabelas de preços, individuais ou familiares, que este pão era para todos!
Já em Lisboa, nessa de outras eras, aprendi a assumir a cidadania, nessa urbanicização de que todos nós, rurais por natureza, precisamos para nos cosmopolitizarmos! Numa era (Aquarius), muito forte em idealismos versus autoritarismos!
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