terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Façam-se escolas do ser!

Terça-feira, Fevereiro 07, 2006
(Reedição de Fiat Lux)

Livra-nos, Sócrates, do absurdo promissor!




Não quero seguir outro caminho que não seja o da "academia", só de pensar que, por vezes, sou obrigado a pensar como vivo! Não há lastro psicológico que aguente tais investidas da besta, tão animalesca atravessa as avenidas do quotidiano político a nossa aviltada cidadania! Dá que pensar ver todos os dias, sobretudo em lugares que a Douta Mãe continua tentando preservar na sua aconchegante proximidade com os homens, a acutilante pestilência mental do provincianismo serôdio que, não acredito, possa ter algo a ver com a mensagem dita (por muitas formas, eruditas ou leigas) cristã! Chega a ser clinicamente angustiante e a dar vómitos de inconformidades que o corpo rejeita e a mente dilui, não aceitando cair em "getos" ideológicos só porque a razão é superior ao corpo (ou então ainda comíamos de quatro "patas")! Só assim se evitam as pútridas angústias de quem tem que ser subserviente, combatendo, interiormente e à nossa volta, a lenguice de quem nos quer comprar a virtude por empréstimo do alheio, que é como quem diz, não te deixes hipotecar!


Eu também quero participar e fazer a escola que nos falta! Na Ideia, nos actos, na Ciência e na paixão, no Amor e na vida, eu também quero ir mais além da estúpida montonia do nada que nos absorve de cada vez que respiramos a hipócrita atmosfera do devir que não vem, do Homem que não se faz, do sebastião que não aparece, do ser que não existe! Basta! Deixem-nos respirar a essência do estar para aprendermos a olhar, a sentir e a ver quem somos, ontem, hoje e amanhã!
Faça-se escola! E todos poderemos ser mais e melhor futuro presente!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Não há fim da História

"Se Bem Me Lembro..."

São muitas as recordações que os acontecimentos do dia-a-dia fazem brotar de uma certa nostalgia inevitável, porque quem vive "de alma e coração" não risca as memórias da sua contabilidade existencial, só pelo facto de alguns dos seus "desideratos" (a que ninguém escapa) não caberem no cabedal das suas capacidades neuro-psicológicas ...!
Tenho que reler o "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, pois a procissão de "criancinhas" top alinement, de produção laboratorial político-partidária, enche o imaginário de quem atenta às novidades que brotam das fontes que ninguém gosta de referir como autoridade, já que esta não lhes está, normalmente, atribuída só pelo facto de que um sistema pseudo-democrático, de intenções gótico-electivas, os colocou num pedestal, de onde cairão um dia em desgraça ...!
Por isso, redigo o que aprendi com um mestre que, agora, anda um tanto mal referenciado na praça blogueira, talvez por super carpir esta res pública (?!), mas ... enfim, ... na História já não há criações originárias, no que se refere aos assuntos públicos. Ela dá sempre as mesmas voltas, em espiral de evolução. Porque não há esse tal fim da História. Há sempre um "devir"!